terça-feira, 31 de agosto de 2010

Avaliação psicológica gratuita, ou reflexão da minha irmã sobre meu sonho passado...

No meu último sonho, dos que contei aqui, por que ESTA NOITE SONHEI mas não lembrei quando acordei, eu falei a respeito de ter brigado com a minha irmã e no final eu citei Freud e Jung...

Pois bem, hoje a minha irmã, que é psicóloga, fez uma análise Junguiana sobre meus sonhos recorrentes com meus irmãos...

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De: Priscila
Enviada em: terça-feira, 31 de agosto de 2010 12:59
Para: 'Ana Paula Vono'
Assunto: arquetipo fraterno

O relacionamento com o irmão constrói a fundação emocional para outros relacionamentos horizontais de intimidade que estabelecemos na vida adulta, o que traz para a individuação muitas vezes a dura tarefa de re-constituir ou re-elaborar as relações com nossos irmãos e irmãs. Neste nível, é com eles que aprendemos a nos relacionar. Quando interrogado, contudo, o laço com os irmãos é quase sempre problemático, ou negligenciado. Em nenhum outro relacionamento os paradoxos emocionais de intimidade e distância, longe e perto, igual e diferente estão, como categorias, tão ardentes, tão aparentes. Os irmãos guardam nossa memória, são testemunhas de nossas vidas, tantas vezes presentes em nosso nascimento e em nossa morte — uma relação, talvez a única, potencialmente da vida toda. Com eles dividimos nossos anos de formação. Em outras palavras, os irmãos são familiares, e isto talvez seja o mais importante: eles são o que torna possível para nós tornarmo-nos familiares de algo, de alguém, de alguma coisa; familiarizados, íntimos, conhecidos e conhecedores, relacionados.

Como pensar, ou re-pensar, a questão da autoridade num panorama entre irmãos? Que autoridade é esta que poderia ser exercida sem um investimento na figura do Pai? É possível exercer autoridade sem o investimento arquetípico da figura do Pai? Que autoridade então é esta? Teria ela mais a ver com autoria e, então, com um autorizar-se? Aqui teríamos um autorizar-se que não significa mais a introjeção do Pai, não seria mais imaginado dessa forma, como na formulação junguiana clássica: a ativação interna do Pai arquetípico, banhado, naturalmente, no pai histórico, no complexo do Pai, complexo paterno, nas complexidades do paterno, da autoridade complexa — amplexo paternal. Aqui, estaríamos autorizados a nos autorizar. Para a individualidade moderna isto significaria o resgate do Pai agora como dis-função, algo que não funciona mais de acordo com as necessidades da alma ou, aquilo a que os freudianos se referem como o assassinato do Pai da horda primeva, para a constituição de uma ordem entre irmãos.


http://www.rubedo.psc.br/08outrub/funfrate.html


Conclusão: Ana Paula em processo de mudança no que se refere aos sentimentos de seus relacionamentos íntimos. E também uma interiorização e ativação do arquétipo de pai (figura do pai tem uma grande importância para a criança, porque segundo Jung o arquétipo paterno está diretamente relacionado ao desenvolvimento da consciência e da razão): aquele que é a autoridade, o que sabe das coisas; o que manda; enfim o seu próprio e verdadeiro pai..... que não aquele aprendido. Portanto Ana Paula também encontra-se em momento de revisão dos próprios conceitos.

Beijinhooooo


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P.S.: minha irmã não é uma fofa? Ela não é LOUCA, igual eu tinha "pintado" no meu sonho....rs... Só às vezes.... rs....

Um comentário:

  1. Oi cunhada querida. Adorei a avaliação da Pri.
    Muito legal.
    Obrigada pelo comentário no blog.
    Bjoka

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