No meu último sonho, dos que contei aqui, por que ESTA NOITE SONHEI mas não lembrei quando acordei, eu falei a respeito de ter brigado com a minha irmã e no final eu citei Freud e Jung...
Pois bem, hoje a minha irmã, que é psicóloga, fez uma análise Junguiana sobre meus sonhos recorrentes com meus irmãos...
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De: Priscila
Enviada em: terça-feira, 31 de agosto de 2010 12:59
Para: 'Ana Paula Vono'
Assunto: arquetipo fraterno
O relacionamento com o irmão constrói a fundação emocional para outros relacionamentos horizontais de intimidade que estabelecemos na vida adulta, o que traz para a individuação muitas vezes a dura tarefa de re-constituir ou re-elaborar as relações com nossos irmãos e irmãs. Neste nível, é com eles que aprendemos a nos relacionar. Quando interrogado, contudo, o laço com os irmãos é quase sempre problemático, ou negligenciado. Em nenhum outro relacionamento os paradoxos emocionais de intimidade e distância, longe e perto, igual e diferente estão, como categorias, tão ardentes, tão aparentes. Os irmãos guardam nossa memória, são testemunhas de nossas vidas, tantas vezes presentes em nosso nascimento e em nossa morte — uma relação, talvez a única, potencialmente da vida toda. Com eles dividimos nossos anos de formação. Em outras palavras, os irmãos são familiares, e isto talvez seja o mais importante: eles são o que torna possível para nós tornarmo-nos familiares de algo, de alguém, de alguma coisa; familiarizados, íntimos, conhecidos e conhecedores, relacionados.
Como pensar, ou re-pensar, a questão da autoridade num panorama entre irmãos? Que autoridade é esta que poderia ser exercida sem um investimento na figura do Pai? É possível exercer autoridade sem o investimento arquetípico da figura do Pai? Que autoridade então é esta? Teria ela mais a ver com autoria e, então, com um autorizar-se? Aqui teríamos um autorizar-se que não significa mais a introjeção do Pai, não seria mais imaginado dessa forma, como na formulação junguiana clássica: a ativação interna do Pai arquetípico, banhado, naturalmente, no pai histórico, no complexo do Pai, complexo paterno, nas complexidades do paterno, da autoridade complexa — amplexo paternal. Aqui, estaríamos autorizados a nos autorizar. Para a individualidade moderna isto significaria o resgate do Pai agora como dis-função, algo que não funciona mais de acordo com as necessidades da alma ou, aquilo a que os freudianos se referem como o assassinato do Pai da horda primeva, para a constituição de uma ordem entre irmãos.
http://www.rubedo.psc.br/08outrub/funfrate.html
Conclusão: Ana Paula em processo de mudança no que se refere aos sentimentos de seus relacionamentos íntimos. E também uma interiorização e ativação do arquétipo de pai (figura do pai tem uma grande importância para a criança, porque segundo Jung o arquétipo paterno está diretamente relacionado ao desenvolvimento da consciência e da razão): aquele que é a autoridade, o que sabe das coisas; o que manda; enfim o seu próprio e verdadeiro pai..... que não aquele aprendido. Portanto Ana Paula também encontra-se em momento de revisão dos próprios conceitos.
Beijinhooooo
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P.S.: minha irmã não é uma fofa? Ela não é LOUCA, igual eu tinha "pintado" no meu sonho....rs... Só às vezes.... rs....
Oi cunhada querida. Adorei a avaliação da Pri.
ResponderExcluirMuito legal.
Obrigada pelo comentário no blog.
Bjoka